segunda-feira, 13 de agosto de 2012

                                        Cultura e indústria cultural no Brasil

Escrever sobre cultura no Brasil significa trabalhar com uma quantidade e diversidade imensa de expressões. Como festas, danças músicas, esculturas, pinturas, gravuras, literatura (Contos, romances, poesia, cordel), mitos, superstições, alimentação. presentes no cotidiano das pessoas e incorporadas ou não pela indústria cultural.

 O que caracteriza nossa cultura?

Na América portuguesa, no século XVI, as culturas indígenas e africanas, apesar da presença marcante, não eram reconhecidas pelos colonizadores e expressavam-se à margem da sociedade que se constituía sob o domínio lusitano. Tal sociedade tinha como principal referência a cultura europeia, que procurava imitar. Nas palavras do sociólogo Antonio Candido, "imitar, para nós, foi integrar, foi nos incorporarmos à cultura ocidental, da qual a nossa era um débil ramo em crescimento. Foi igualmente manifestar a tendência constante de nossa cultura, que sempre tomou os valores europeus como meta e modelo"


Lembrando que a cultura é o resultado de um trabalho, é uma obra, pode-se observar que o trabalho cultural brasileiro é desenvolvido tanto por músicas analfabetos, sem nenhuma formação musical, como por pessoas com formação clássica, conhecidos ou anônimos, A produção musical brasileira tem traços de origem marcadamente africana, indígena, sertaneja e europeia (sem classificar o que é mais ou menos importante, simples ou complexo). Ela é fruto do trabalho de milhares de pessoas.


Indústria cultural no Brasil

O desenvolvimento da indústria cultural no Brasil ocorreu paralelamente ao desenvolvimento econõmico e teve como marco a introdução do rádio, na década de 1920, da internet. Os outros campos da indústria cultural, como cinema, jornais e livros, não são tão expressivos quanto a televisão  e o rádio. O cinema atine, no máximo, 10% da população e pouco mais de 20% dos brasileiros têm acesso às produções escritas (livros, revistas e jornais).

A primeira transmissão de rádio no Brasil ocorreu em 1922, inaugurado uma fase de experimentação, voltada principalmente para atividades não comerciais. A programação veiculada incluía recitais de poemas, música erudita, óperas e palestras científicas.

A segunda Fase começou na década de 1930, quando foi autorizada a publicidade no rádio. Isso permitiu a ampliação da difusão para ouvintes que antes estavam impossibilitados de sintonizar os programas. Por causa do alto custo, os programas ficavam restritos ás cidades em que eram produzidos, como Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Fortaleza. O dinheiro arrecadado com a publicidade foi o que possibilitou manter a programação no ar.

Entre as décadas de 1930 e 1950, o rádio alcançou seu apogeu de audiência, principalmente com os programas de auditório e as radionovelas, além de programas jornalísticos e humorísticos, transmissões esportivas e grandes musicais. Foi nesse período que o Estado passou a controlar as atividades do rádio  com as leis e a censura. Durante a ditadura de Getúlio Vargas (1937-1945), o governo fazia sua propaganda e tentava desenvolver uma cultura nacionalista por meio do rádio; por isso, as empresas comercias erma obrigadas a manter um aparelho ligado durante todo o tempo em que estivessem abertas ao público.

Hoje, aproximadamente 85% das emissoras comercias em operação no Brasil estão em mãos de políticos de carreira que usam as transmissões de acordo com os interesses próprios e dos patrocinadores. Estres pressionam, por exemplo, para que sua empresa não seja relacionada a alguma notícia que a prejudique. A indústrias de discos (CDs) também faz pressão para que seus produtos sejam agraciado com mais tempo de execução. Isso significa que os programas musicais ou jornalísticos das rádios não são independentes , pois estão vinculados aos interesses pessoais dos proprietários das emissoras, dos patrocinadores ou da indústria fonográfica.

São, assim, as rádios comunitárias, publicas e mesmo as piratas que criam espaços radiofônicos alternativos e podem desenvolver uma programação sem as limitações e os constrangimentos mencionados.





Dilson Mendes Souza Júnior









4 comentários:

  1. BACANA! GOSTEI DA SOCIALIZACAO DE TAL CONTEÚDO SOCIOLOGICO DE EXTREMA IMPORTANCIA À SOCIEDADE BRASILEIRA.
    PROF. JUSCELINO DA COSTA. SOCIÓLOGO.

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  2. A SOciologia é uma ciência social fantastica.Quem nao tem acesso perde muito do conhecimento cientifico.

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  3. A SOciologia é uma ciência social fantastica.Quem nao tem acesso perde muito do conhecimento cientifico.

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  4. BACANA! GOSTEI DA SOCIALIZACAO DE TAL CONTEÚDO SOCIOLOGICO DE EXTREMA IMPORTANCIA À SOCIEDADE BRASILEIRA.
    PROF. JUSCELINO DA COSTA. SOCIÓLOGO.

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